Quem nasceu vendo
talvez não perceba a importância da visão.
Talvez não sinta o relevo, a textura e a profundidade
das imagens, das paisagens e das coisas
apenas com o olhar.
Ao olhar, fotografar,
sentir a estação de São Bento, no Porto,
Eu que sou apaixonado
por imagens e paisagens,
Viajo em tudo que vejo
e sinto.
Não mergulho na profundidade histórica
nos detalhes reais
que os azulejos contam em belíssimas imagens
Opto então por imaginar
outras histórias.
As histórias de pessoas como você,
que apenas passou por aqui
somente uma vez
Ou que apenas sonhou passar.
Imagino a história das pessoas
que aqui embarcam todos os dias
no concorrido mercado de trabalho europeu.
Para mim, a paisagem
natural ou socialmente construída,
é a vida em movimento.
É o tempo transformando a pessoa comum
em herói da sua família, da sua vida, da sua comunidade.
Heróis comuns, anônimos,
construíram com suas mãos,
a estação de São Bento.
Como são igualmente anônimos
os heróis
que passam todos os dias por ela.
Na sua rotina de construir
um novo Portugal, cosmopolita,
Um dos principais destinos do turismo mundial.
De Portugal,
José Luiz da Silva
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